quarta-feira, 11 de junho de 2014

Páscoa


 



A Páscoa era, no tempo do Novo Testamento, a principal festa dos judeus e continuou sendo, mas ela não tinha sido sempre e ela tem, atrás de si, uma longa história, na qual muitos pontos permanecem desconhecidos. Segundo a tradição sacerdotal, a Páscoa é representada por Levítico 23:5 a 8; Números 28:16 a 25; Números 9:1 a 14 e Êxodo 12:1 a 20 e 12:40 a 51. Na realidade, esses textos falam de duas festas sucessivas: a Páscoa e os Ázimos. A Páscoa é celebrada na lua cheia do primeiro mês do ano, que começa na primavera. Desde o 10º dia deste mês, cada família escolhe um cordeiro de um ano, macho e sem defeito, ele é imolado no crepúsculo[1] do dia 14 e seu sangue é aspergido sobre as vergas e batentes da porta da casa. É um sacrifício chamado de zebah, onde a carne deve ser assada e comida nesta noite de lua cheia; não se devem quebrar os ossos da vítima e o que sobra após a refeição religiosa deve ser queimado. A carne é comida com os pães, sem fermento e ervas amargas, e os participantes devem estar prontos (vestidos) para viajar. Se a família é pouco numerosa, deve se unir aos vizinhos; os escravos e os estrangeiros residentes participam da refeição pascal, desde que sejam circuncisos.
No dia seguinte, 15, começa a festa dos Ázimos, Matstsot. Desaparece o velho pão fermentado e, durante 7 dias, do dia 15º ao 21º, só se come pão ázimo, isto é, sem fermento; o 1º e o 7º dias são de descanso e acontece uma assembleia religiosa.
Em Deuteronômio 16:1 a 8, parece unir a Páscoa com os Ázimos. Segundo os versículos 1, 2, 4b até 7 - A Páscoa é celebrada no mês de Abibe (que, no antigo calendário era outono e corresponde ao primeiro mês de primavera), mas o dia não é indicado. A vítima poderia ser escolhida entre o gado, grande ou pequeno, e deveria ser imolada ao pôr-do-sol, não no lugar onde quisessem, mas “no lugar escolhido por Deus para lá fazer habitar o seu nome”, a saber, em Jerusalém. É nesse santuário que ela deve ser assada e comida durante a noite; de manhã cedo cada um volta para sua casa.
Já nos versículos 3, 4 e 8 fala dos Ázimos: durante 7 dias, se comerá matstsot, um “pão de miséria”, o pão ázimo, sem fermento. O 7º dia é de descanso, com uma assembleia religiosa. A aproximação das duas festas faz com que o povo não se disperse na manhã que segue a noite da Páscoa, continuando assim, reunidos até o 7º dia para comer os pães ázimos.
A origem da Páscoa: ela é chamada em hebraico de Pasah. Na última praga do Egito, Deus, “saltou, omitiu” as casas onde era celebrada a Páscoa, Êxodo 12:13 a 27.
 
No amor do Senhor Jesus!




[1] Crepúsculo: Fim de tarde e começo de noite.

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