A Páscoa era,
no tempo do Novo Testamento, a principal festa dos judeus e continuou sendo,
mas ela não tinha sido sempre e ela tem, atrás de si, uma longa história, na
qual muitos pontos permanecem desconhecidos. Segundo a tradição sacerdotal, a
Páscoa é representada por Levítico 23:5 a 8; Números 28:16 a 25; Números 9:1 a
14 e Êxodo 12:1 a 20 e 12:40 a 51. Na realidade, esses textos falam de duas
festas sucessivas: a Páscoa e os Ázimos. A Páscoa é celebrada na lua cheia do
primeiro mês do ano, que começa na primavera. Desde o 10º dia deste mês, cada
família escolhe um cordeiro de um ano, macho e sem defeito, ele é imolado no
crepúsculo[1]
do dia 14 e seu sangue é aspergido sobre as vergas e batentes da porta da casa.
É um sacrifício chamado de zebah,
onde a carne deve ser assada e comida nesta noite de lua cheia; não se devem
quebrar os ossos da vítima e o que sobra após a refeição religiosa deve ser
queimado. A carne é comida com os pães, sem fermento e ervas amargas, e os
participantes devem estar prontos (vestidos) para viajar. Se a família é pouco
numerosa, deve se unir aos vizinhos; os escravos e os estrangeiros residentes participam
da refeição pascal, desde que sejam circuncisos.
No dia
seguinte, 15, começa a festa dos Ázimos, Matstsot.
Desaparece o velho pão fermentado e, durante 7 dias, do dia 15º ao 21º, só se
come pão ázimo, isto é, sem fermento; o 1º e o 7º dias são de descanso e
acontece uma assembleia religiosa.
Em Deuteronômio
16:1 a 8, parece unir a Páscoa com os Ázimos. Segundo os versículos 1, 2, 4b
até 7 - A Páscoa é celebrada no mês de Abibe (que, no antigo calendário era outono
e corresponde ao primeiro mês de primavera), mas o dia não é indicado. A vítima
poderia ser escolhida entre o gado, grande ou pequeno, e deveria ser imolada ao
pôr-do-sol, não no lugar onde quisessem, mas “no lugar escolhido por Deus para lá
fazer habitar o seu nome”, a saber, em Jerusalém. É nesse santuário que ela
deve ser assada e comida durante a noite; de manhã cedo cada um volta para sua
casa.
Já nos
versículos 3, 4 e 8 fala dos Ázimos: durante 7 dias, se comerá matstsot, um “pão de miséria”, o
pão ázimo, sem fermento. O 7º dia é de descanso, com uma assembleia religiosa. A
aproximação das duas festas faz com que o povo não se disperse na manhã que
segue a noite da Páscoa, continuando assim, reunidos até o 7º dia para comer os
pães ázimos.
A origem da
Páscoa: ela é chamada em hebraico de Pasah.
Na última praga do Egito, Deus, “saltou, omitiu” as casas onde era celebrada a
Páscoa, Êxodo 12:13 a 27.
No amor do Senhor Jesus!
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