História da Igreja


A Igreja em Roma

A origem exata da igreja em Roma é desconhecida. Uma significativa comunidade cristã já existia por bastante tempo antes de Paulo haver escrito a epístola aos Romanos, cerca de 58 d.C., conforme se observa em Romanos 1:8-13 e 16:19, embora a narrativa bíblica não registre quaisquer visitas apostólicas senão já em 62 d.C. (Atos 28:15). Quando Paulo escreveu sua epístola aos Romanos, ainda não estivera em Roma (Romanos 1:13 e 15:22). Sendo assim, é muito improvável que Paulo tenha tido qualquer participação direta na fundação da Igreja Cristã em Roma. Contudo, os historiadores cristãos sugerem algumas possibilidades para a origem da Igreja Cristã em Roma.
Acredita-se que visitantes de Roma, que teriam estado presentes em Jerusalém, no dia de Pentecostes (Atos 2:10), e que estiveram entre os três mil convertidos naquele dia, (Atos 2:41) teriam estabelecido a igreja de Roma ao retornarem à capital, contudo, é uma explicação que não pode ser provada.
Outra possibilidade é o que a Igreja Católica tem como tradição: a Igreja Cristã em Roma foi fundada pelo apóstolo Pedro, seu primeiro bispo. Existe uma tradição de uma visita antiga (cerca de 42 d.C.) e de um ministério continuo de 25 anos. Acredita-se que, quando Pedro se refere à Babilônia em 1 Pedro 5:13, ele esteja se referindo a Roma. Mas também é uma explicação que não pode ser provada.
Quando Paulo escreveu a epístola aos Romanos, ele declara sua intenção de ministrar em Roma (Romanos 1:10-13 e 15:22). Contudo, se tivesse havido a menor possibilidade de Pedro estar ligado à Igreja de Roma, Paulo o teria saudado, ou teria feito alguma referência ao ministério de Pedro em sua epístola, mas nenhuma das duas coisas aconteceu.
Uma terceira possibilidade, a mais provável, é que a Igreja foi fundada por cristãos que levaram o evangelho a capital do Império Romano. Os nomes dos membros da congregação local de Roma parecem bem conhecidos do apóstolo Paulo. Ele faz referência a 26 pessoas (Romanos 16:3-16). O apóstolo Paulo conhecia-os pelos nomes, mas também comentou sobre a fé e a atividade deles em favor do evangelho. Aparentemente, alguns deles se tinham convertido por meio do ministério de Paulo (Romanos 16:5).
Sugere-se também que, uma vez que o evangelho foi levado até “... à Fenícia, Chipre e Antioquia...” (Atos 11:9), durante a perseguição que houve após a morte de Estevam, é provável que alguns cristãos, logicamente, teriam fugido para Roma. Esta é uma suposição até certo ponto possível de ter ocorrido, contudo, nenhuma evidência histórica existe para que ela seja aceita como absoluta verdade. Sendo assim, continuaremos sem o exato conhecimento sobre o início da Igreja Cristã em Roma.

 

A lenda da fundação de  Roma

Não está definitivamente provado, mas acredita-se que a cidade de Roma teria sido fundada no dia 21 de abril de 753 a.C. Contudo, a fundação de Roma é conhecidamente marcada por uma lenda. Essa estória foi escrita pelo poeta Virgílio, em sua obra intitulada: “Eneida”.
De acordo com a lenda, após a queda de Troia (por volta do ano 1.400 a.C., após ser invadida pelos gregos), Enéias, filho do rei de Troia, rei Anquises juntamente com a deusa Vênus, fugiu de sua cidade durante o ardor da batalha para a Península Itálica acompanhado de alguns homens e Ascânio, seu filho, e passou a viver próximo ao rio Tibre. Ao chegar nesta região foi recebido por Latino, rei das tribos nativas. Casou-se com Lavínia, uma das filhas do rei Latino.
Após a morte de Enéias, seu filho Ascânio criou o reino de Alba Longa. Da descendência de Ascânio, aproximadamente três séculos mais tarde, nascem os irmãos Amúlio e Numitor, filhos do rei Sílvio Procas (Este foi o 12º rei de Alba Longa). O mais moço, Amúlio, apodera-se do trono, aprisionado e afastando, assim, o seu irmão (Numitor) para que este não pudesse de forma alguma reinar. Para garantir o reinado de seus descendentes, matou Lauso, filho de Numitor e obrigou a sua sobrinha, Reia Sílvia, a tornar-se Vestal (sacerdotisa virgem, consagrada a deusa Vasta), impedindo assim que esta gerasse descendente.
Um dia, a jovem vestal teria ido buscar água para um sacrifício num bosque sagrado, junto ao rio Tibre, quando foi seduzida por Marte, o deus romano da guerra, que tomou Reia Sílvia para si. Do envolvimento da princesa com a divindade, Reia Sílvia concebe e torna-se mãe dos gêmeos, Rômulo e Remo, que passariam a ter direito ao trono de Alba Longa.
No entanto, o ambicioso rei Amúlio arquitetou um plano para que o trono não saísse de suas mãos, então decide matar Reia Sílvia e colocar os dois meninos em um cesto e lançá-los no rio Tibre. Rômulo e Remo sobreviveram graças aos cuidados de uma loba, enviada por Marte (a loba encontra os meninos no local onde futuramente seria construía a cidade de Roma). A loba os criou juntamente com a sua própria cria, numa gruta, o que garantiu a sobrevivência dos dois irmãos. Depois, um casal de pastores, Fáustulo e Larência, os encontrou e os criou.
Depois de adultos, os irmãos descobrem sua origem e matam o rei Amúlio, colocando o avô, Numitor novamente no trono. Decidem fundar uma cidade no local em que foram encontrados. Rômulo queria chama-la de “Roma” e Remo queria chama-la de “Remora”. Surgiu assim uma discussão raivosa, que rapidamente saiu das palavras passando ao derramamento de sangue: Remo é golpeado na cabeça por seu irmão Rômulo e, morre. Assim, a cidade foi fundada e Rômulo torna-se o primeiro rei de Roma.

 

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